01:14 - 7 de junho de 2025.

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Museu Vassouras realiza programação especial da 23a Semana Nacional de Museus em Vassouras

 em Cultura

Ação dia 16 de maio inclui roda de conversa, exibição de filme e fala pública com artistas, educadores e curadores convidados

 

No dia 16 de maio, o Museu Vassouras dá seguimento ao Programa Pertencimento durante a 23a Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Com o tema “O futuro dos museus em comunidades em rápida transformação”, a programação propõe um olhar atento à memória e história do território do Vale do Café a partir da perspectiva de manifestações culturais afro-brasileiras.

Voltado à população do Vale do Café, instituições culturais de todo o Brasil, profissionais da educação e agentes culturais, o evento gratuito conta com apoio do Instituto Vassouras Cultural e cooperações institucionais com o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Museu Casa da Hera e a Secretaria Municipal de Educação de Vassouras.

Na sexta-feira, 16 de maio, o público geral poderá participar de uma tarde de atividades que inclui uma conversa com os diretores artísticos do Museu Vassouras e MAM-Rio, Catarina Duncan e Pablo Lafuente, com mediação de Samantha Moreira, sobre o papel dos museus latino-americanos em seus territórios. Em seguida, a historiadora Raquel Barreto faz uma fala pública sobre a intelectual Lélia Gonzalez e sua relação com as festas populares no Brasil na fala pública “Festas populares, amefricanidade e a produção de Lélia González”. Encerrando o dia, haverá a exibição do filme Filha Natural, de Aline Motta, com conversa entre a artista e a liderança Claudia Mamede, mediada por Natasha Felix no CineUp dentro do Pátio Casario.

Todas as atividades são abertas e gratuitas, com vagas limitadas, sujeitas à lotação dos espaços.

O Programa Pertencimento antecipa a abertura oficial do Museu Vassouras, prevista para o segundo semestre de 2025, e reafirma o compromisso da instituição com ações inclusivas, pedagógicas e transformadoras junto às comunidades do Vale do Café.

Sobre o Museu:

O Museu Vassouras é um espaço cultural integrado com seu território e centrado no compromisso social por meio da arte e cultura. Localizado no Vale do Café, promove o diálogo e a troca de produções contemporâneas e multidisciplinares.

Realização: Museu Vassouras e Instituto Vassouras Cultural

Cooperação Institucional: Museu Casa da Hera, MAM Rio, CineUp – Pátio Casario

e Secretaria Municipal de Educação de Vassouras. 

 

PROGRAMAÇÃO DETALHADA: 

 

Conversa: Museus integrados: experiências compartilhadas a partir do MAM Rio e

Museu Vassouras com Catarina Duncan e Pablo Lafuente, mediação

Samantha Moreira (JA.CA)

14h – 15h30

A mesa propõe uma reflexão sobre museus como agentes ativos em seus territórios sociais e culturais, instituições profundamente conectadas às dimensões sociais, políticas e ambientais da vida local, que promovem escuta, inclusão e transformação a partir de suas práticas. Com a participação de Pablo Lafuente, diretor do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), e Catarina Duncan, diretora artística do Museu Vassouras, o encontro será um espaço de compartilhamento de experiências entre museus com contextos distintos, mas desafios convergentes. A conversa abordará estratégias curatoriais, pedagógicas e institucionais que reconhecem a complexidade dos públicos, das memórias e dos territórios com os quais esses museus se relacionam.

Catarina Duncan atua como curadora com foco em práticas culturais e identidades territoriais da América Latina. Recebeu a bolsa de pesquisa curatorial da Fundação Cisneros no MoMa. Integrou a equipe curatorial de mostras como Cantando Bajito, da Ford Foundation, Cura Bra Cura Té, de Ernesto Neto, na Pinacoteca de São Paulo, a 32a Bienal de São Paulo e o 36º Panorama de Arte Brasileira, no MAM-SP. Contribuiu com a implementação de instituições como o Solar dos Abacaxis, a Oficina Brennand e a Fundação Pro Helvetia na América Latina.

 

Pablo Lafuente é nascido em Santurtzi, no País Basco, Pablo Lafuente vive no Brasil há doze anos. Tem trajetória profissional nas áreas da curadoria, crítica de arte, edição e ensino, em contextos institucionais e informais, em projetos de pequena e grande escala. Em todos esses engajamentos, sejam eles de curto ou longo prazo, procurou desenvolver práticas interdisciplinares de modo colaborativo, com base em pesquisas teóricas e históricas, sempre pensando a arte desde seus contextos sociais e políticos e desde as plataformas institucionais que a fazem possível.

 

Fala pública: Festas populares, amefricanidade e a produção de Lélia Gonzalez com Raquel Barreto

Detalhes: colaboração com MAM Rio e Museu Casa da Hera

15h30 – 16h30

 

Lélia Gonzalez (1935-1994) é uma das mais celebradas intelectuais negras brasileiras do século 20, publicou Festas Populares do Brasil (1987). Neste encontro, a pesquisadora do pensamento de Lélia e curadora-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio, Raquel Barreto, reflete sobre como a pensadora interpretou a formação da cultura brasileira a partir das festividades cultuadas pela negritude.

Raquel Barreto é historiadora, formada pela Universidade Federal Fluminense. Mestre em História Social da Cultura, pela PUC-Rio, especialista em Fotografia como Instrumento de Pesquisa nas Ciências Sociais, pela UCAM, e em Literatura Contemporânea Hispano-americana, pela UNAM/México, e doutora pela UFF. Atualmente está como curadora chefe no MAM Rio.

Exibição de filme e conversa: “Filha Natural”,  de Aline Motta, em conversa com Claudia Mamede. Mediação Natasha Felix

19h – 21h

A partir de uma análise inédita de iconografia histórica e relatos orais de sua própria família, a artista visual Aline Motta traz à tona hipóteses possíveis sobre as origens de sua tataravó no filme Filha Natural. Há indícios de que ela tenha nascido por volta de 1855 em uma fazenda de café em Vassouras, zona rural do Rio de Janeiro, considerado o epicentro do

escravismo brasileiro no século 19. Após a exibição do filme, Aline Motta dialoga com Claudia Mamede sobre as relações entre memória, o território e a fabulação da historiografia negra. A conversa é mediada por Natasha Felix.

Fotografia, Direção, Roteiro, Concepção da Trilha Sonora: Aline Motta

Performer: Cláudia Mamede

Aline Motta participou de bienais e trienais como a de Sharjah, EAU (2023), São Paulo, Brasil (2023), Coimbra, Portugal (2024), Stellenbosch, África do Sul (2025), Trondheim, Noruega (2025). Exibiu suas obras no MoMA, New Museum, Pompidou-Metz, MASP, MALBA, Centro Cultural Kirchner, Rencontres de la Photographie, Arles, MAR, MAM-Rio. Seu livro “A água é uma máquina do tempo” foi finalista do Prêmio Jabuti 2023.

 

Claudia Mamede, nascida e criada na cidade de Vassouras (RJ), é pedagoga, concursada como Orientadora Social. Está no terceiro mandato como Conselheira Tutelar, é a liderança do grupo de Jongo/Caxambu Renascer, descendente de jongueiros e zeladora de Santo.

Natasha Felix é poeta e performer. Atua como assistente curatorial no Museu Vassouras. Colabora na construção de narrativas programáticas e expositivas em instituições culturais e em eventos artísticos.

 

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