• Crime revoltou Barão de Juparanã em agosto de 2016
Acusados pela morte do comerciante Heric dos Santos Freire, assassinado em uma estrada vicinal de Barão de Juparanã em agosto de 2016, Diego Ferreira, Sérgio Mantoni Ferreira e sua namorada Liliane Ventura Costa vão à júri popular no Fórum de Valença em 14 de maio. O assassinato de Heric gerou revolta e comoção em Barão de Juparanã. Casado, pai de um menino, Heric foi encontrado morto na manhã de uma quinta-feira, em agosto de 2016. A investigação da Polícia Civil, liderada pelo delegado Luciano Coelho, aponta o trio como culpado pelo assassinato. Diego Ferreira, Sérgio Mantoni Ferreira e a namorada Liliane Ventura Costa chegaram a ser presos, em dezembro de 2016, sendo levados a um presídio na capital do estado. Eles chegam ao julgamento, no entanto, em liberdade. A morte de Heric em uma emboscada gerou consternação e a população se mobilizou para realizar manifestações de apoio às investigações do caso. No final de agosto de 2016, cerca de 600 pessoas percorreram as principais ruas do distrito valenciano e foram à estação ferroviária em um ato que contou com a presença de lideranças da Igreja Católica e de diversas denominações evangélicas. Muito querido pela comunidade, Heric atuava com a venda de água mineral e botijão de gás. Em um final de tarde, recebeu uma ligação pedindo a entrega em uma fazenda afastada no distrito. Foi atingido por um tiro na cabeça. Como a mulher estava em Brasília visitando familiares, o corpo demorou a ser encontrado. Desde então em Juparanã circulava a suspeita de que o responsável pelo crime fosse o ex-patrão de Heric, que dominava o comércio de gás e água mineral no distrito. Após muitas desavenças, o vínculo foi rompido em 2015. As investigações conduzidas pelo delegado Luciano Coelho confirmaram as suspeitas. Para a polícia, Heric foi assassinado por conta de seu sucesso na empreitada. Ele seria, em meados de 2016, líder do mercado de água mineral e botijão de gás em Barão de Juparanã, superando o antigo patrão Sérgio Ferreira. O enterro do comerciante foi um dos maiores da história recente de Juparanã, com centenas de pessoas. “Ele morreu porque era trabalhador e, no trabalho dele, fazia a diferença. Todo mundo gostava do Heric”, disse o cunhado Marcelo Barroso à TRIBUNA DO INTERIOR. A Missa de Sétimo Dia lotou a Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio. “Cabem quatrocentas pessoas na igreja e ela estava lotada. Do lado de fora, o dobro de pessoas. Ele era muito querido”, afirmava o cunhado à Tribuna. Em tempos de pandemia, não há manifestação prevista para o Fórum de Valença, mas a comunidade de Barão de Juparanã segue exigindo justiça.