Talento para as artes ela sempre teve, desde garota. Nos últimos anos vinha se dedicando à pintura artística na pele. Em pouco tempo virou moda as pinturas em aniversários infantis da cidade. Apaixonada pelo que faz, um dia Graziela descobriu que queria mais. “Eu gostava muito dos desenhos, da arte. As crianças depois das festas iam lá, lavavam e tudo se perdia. Eu descobri que queria mais, queria fazer uma arte mais perene”, comenta. A partir desta reflexão começou a nascer a Graziela tatuadora. “Comecei a pesquisar, me informar sobre o material, a técnica”, lembra. Perfeccionista, Grazi treinou durante um ano para se sentir em condições de desempenhar a função. Onde? Na própria pele. “Durante um ano eu treinei em mim mesma, até para não fazer ninguém de cobaia”. Uma foto de Graziela tatuando o próprio abdômen fez sucesso em seu perfil em uma rede social, por conta da dificuldade em desenhar naquela posição. “Eu mesma não sei como fiz, uma posição difícil, mas deu certo”. Quando se sentiu pronta, a primeira pessoa a ser tatuada foi a irmã mais velha, Jeorgia. Hoje, na família, só o pai, Messias, ainda não foi tatuado. “Ele que nunca pensou em tatuagem, me disse que se não tivesse a pele tão fina, faria. Meu pai é um fofo e me apoia muito”, derrete-se Graziela, que além de Jeorgia já tatuou a mãe, Miralva e o irmão, Tony. Convidada a abrir um estúdio de tatoo, ela aceitou o desafio. Em julho, o estúdio completa dois anos. Sem alardes e grandes propagandas, apenas embalado no bom e velho boca a boca, o estúdio se estabilizou. Em média, Graziela faz cinco tatuagens por dia, dentro de todo protocolo de segurança por conta do novo coronavírus. “Tenho muito clientes de Vassouras, claro. Mas vem muita gente de cidades vizinhas, como Barra do Piraí, Mendes e Miguel Pereira. Ela gosta de desenhar o realismo colorido, mas diz que as pessoas procuram mais o fine line. Ela atende com horário marcado, pelo WhatsApp (24) 99314 1150 .
