04:30 - 27 de julho de 2024.

Gustavo Amaral anuncia vice-presidente e diz que p...

Gustavo Amaral anuncia vice-presidente e diz que prioridade é otimizar custos sem esquecer função social da Fusve

 em Vassouras

Quase onze anos depois da primeira eleição do engenheiro Marco Antonio Vaz Capute, o Conselho Eleitor da Fundação Educacional Severino Sombra elegeu, por unanimidade, em sessão realizada na terça-feira, dia 17, o administrador de empresas Gustavo Amaral para um mandato de três anos à frente da Fusve. Quatro dias depois, ainda em seu gabinete de vice-presidente, Gustavo Amaral concedeu uma entrevista exclusiva à TRIBUNA DO INTERIOR, onde fala de seus planos e da responsabilidade de administrar a mantenedora da Universidade de Vassouras e do Hospital Universitário de Vassouras. A entrevista foi concedida antes de Gustavo viajar com a família para uma curta férias de dez dias, postergada nos últimos dois anos. Na volta, dia 1º de fevereiro, ele já despachará no gabinete da Presidência.

A antiga sala de Gustavo no prédio administrativo da Fusve será ocupada pelo médico Cláudio Medeiros, nomeado dia 20 vice-presidente da instituição. Gustavo explica os motivos da nomeação de Medeiros, comenta a importância de conhecer a instituição “no detalhe” e fala sobre seu grande desafio: otimizar os gastos da Fusve sem esquecer o papel social da Fundação. “A Fundação melhorou muito a sua organização, mas penso que ainda tem muita coisa para a gente fazer. Eu sou um cara muito focado em custo, vou olhar custo, mas sem precisar fazer cortes significativos em RH”, afirma.

Gustavo Amaral demonstrou ter ciência da função social da Fusve. “A Fundação nunca vai esquecer o seu papel social. Aqui eu sou o presidente de uma Fundação, não é o meu posto de gasolina. Não é só o resultado financeiro que nos interessa. Temos um papel social importante para Vassouras e região. Aprendi isso dentro da Fundação”.

Conhecido pela discrição, Gustavo Amaral afirma que vai trabalhar a questão pessoal para poder representar a instituição sempre que a presença do presidente da Fusve for fundamental. Mas pediu para que as pessoas não o comparem com o amigo Marco Capute. “Eu vou trabalhar isso. Não vou conseguir ter o carisma que o Marco tinha. Isso era dele. Nasceu com ele. Mas eu pretendo fazer, na medida do possível, me adaptar ao que é inerente ao cargo. Vou tentar trabalhar essa questão do discurso, da fala, ou seja, melhorar a oratória. Eu falei na reunião do Conselho Eleitor: não esperem discursos eloquentes, essas tiradas espetaculares que o Marco tinha.”

Tribuna do Interior – O que Vassouras pode esperar do Gustavo Amaral na presidência da Fusve?
Gustavo Amaral – Como a maioria das pessoas já sabe, eu venho neste processo da Fundação não é de hoje. Eu entrei junto com o Capute. No mesmo dia que ele ganhou a eleição, em 2012, ele me convocou, pois com a gente era desse jeito: um chamado do Marco era uma convocação. Primeiramente nomeando para gerir as áreas administrativas e financeiras, mas logo em seguida como vice-presidente, para dar suporte dentro das demandas que eram diversas, muita coisa para a gente resolver nesta questão da reestruturação, que é uma especialidade e
habilidade que desenvolvi muito ao longo da minha vida profissional, não só nos meus negócios, como nos negócios de terceiros. Inclusive abri uma consultoria para isso. Eu sou muito focado nestas questões de administração, de processos, organização & métodos, toda esta parte administrativa, que é a minha formação, de administrador de empresas, formado numa das maiores escolas da área no Brasil que é a PUC-RJ. Eu olho neste aspecto de processo com um olhar diferente do Capute, que era muito mais forte nas questões estratégicas e um visionário por natureza, apesar de também ter feito gestão, mas num nível muito elevado, como no caso da Direção da BR distribuidora, e não se envolveu praticamente no nível tático. Eu já tenho esta pegada de ter começado lá de baixo, de boy, estagiário, trainee em bancos de investimentos, além da vida no comércio nos negócios da família, depois fui subindo e aprendendo todos estes processos e com o desenvolvimento escalei de comerciante a empresário, porque tem uma diferença nisso aí. Então, eu fui aprendendo desde a base da pirâmide até o topo. Então, nesta mobilidade, dentro da pirâmide da organização, eu tenho uma visão um pouco peculiar, mais particular e mais objetiva, especializada e detalhada disso. Então o que eu quero é tentar rever todos os processos, apesar de que muitos processos já foram feitos e já estão acurados, pois muita coisa já fizemos nesses últimos 10 anos.

A Fundação melhorou muito a sua organização, mas penso que ainda tem muita coisa para a gente fazer. Eu sou um cara muito focado em custo, vou olhar custo, mas sem precisar fazer cortes significativos em RH. Não é neste sentido, mas não quer dizer que não poderão ocorrer situações pontuais, até porque escuto e dou bastante autonomia aos meus liderados diretos, no caso os demais superintendentes que estão logo abaixo de mim, e já pedi a todos no nosso primeiro comitê que todos tivessem esse olhar nas suas respectivas áreas, um olhar muito criterioso e com muito carinho com os recursos da Instituição, não que já não houvesse da parte de todos isso antes, mas agora quero chegar no detalhe, na “sintonia fina” como fazíamos nas televisões antigas com tubo de imagem. Será por exemplo rever contratos e negociações, melhoras na produtividade, controles, evitar desperdícios e situações do gênero, para buscar o melhor custo benefício para o negócio.

Às vezes a pessoa fala em custo e já se pensa que o cara vai chegar e cortar um monte de coisas, cortar pessoas, cortar investimentos. Não é isso. É você gastar de uma forma melhor, mais objetiva e de forma que a gente consiga os resultados sem necessariamente precisar de realizar grandes projetos, porque o Marco era um cara que trazia grandes receitas. Eu, de repente, vou conseguir melhorar esta questão dos custos. Não que eu não vá realizar grandes projetos, grandes receitas, mas agora irei focar muito no interno, mas sem deixar de lado os projetos que já estão no radar e em andamento. Essa era uma das características muito forte dele (Capute), buscar grande receitas, porém, talvez, com o que já existe, a gente consiga um resultado melhor.

TI – Você fala em otimizar custos, em cortar gastos, mas isso sem o desespero que vocês tinham em 2012, quando chegaram a Fundação…

GA – Lógico, é uma questão de otimização, muito mais que uma questão de necessidade, de sobrevivência. Hoje a
gente não tem isso, essa espada na cabeça, como tínhamos quando entramos em 2012. A gente já é superavitária, a gente já atende as necessidades de sustentabilidade da instituição.

Naquela época, não tinha jeito, era questão de sobrevivência. Hoje não. É melhorar a qualidade, de repente fazer mais com menos, que é diferente de você deixar de fazer. Naquela época a gente teve de deixar de fazer, cortar, só não cortou mais porque o Marco foi mais que visionário, foi um  filantropo no sentido amplo e social da característica. No hospital, por exemplo. Ele citou isso várias vezes. Os consultores externos diziam que tinha de fechar o hospital. E ele contestava: como fechar o hospital, deixar a cidade sem hospital? Porque o hospital que funciona é o hospital da Fundação hoje, né? No passado tivemos o Eufrásia, mas hoje é o da Fundação, o HUV. E não só hoje, nos últimos 30 anos pelo menos. Em momento nenhum ele pensou em fechar o hospital. Ele dizia, vamos cortar onde puder, mas onde não for possível, a gente vai segurar. 

TI – Nestes dez anos com o Marco você participou disso tudo. Você pegou a Fundação quase falimentar, acompanhou essa reestruturação e esse momento de a Fundação se tornar uma potência. Queria que você fizesse um balanço desta época e dissesse para a gente como é que esta experiência vai impactar, vai ajudar, nesse momento em que você se torna o sucessor do Marco Capute.

GA – Foi muito bom e gratificante ter participado destes 11 anos – vou arredondar a conta, faremos 11 anos agora em maio – do lado do Marco. Desde lá de trás ele me deu uma boa autonomia. Ele me chamou na sala – eu já contei isso em outro momento – e falou: você vai correr atrás da parte de custo e renegociações dos passivos. Essa bola é sua. Trabalha aí que eu vou correr atrás de receita. Então, eu já venho fazendo isso desde o início com ele. Eu fiquei muito focado em custos nos primeiros três anos, na questão de corte, redução. Deu aquele fôlego, a gente saiu do desespero e entramos em uma fase em que já era possível pensar em investimentos, em melhorias. O que foi legal deste período todo? Eu pude aprender muito de áreas que não eram do meu conhecimento. Apesar de eu ficar na atividade meio, que a gente chama de BackOffice, retaguarda, eu aprendi muito de Educação e Saúde também. Isso me ajuda hoje nessa posição que eu vim a ocupar, infelizmente, por esta fatalidade e lamentável perda do Marco. Ela me ajuda a ter uma visão completa da instituição. Porque para estar na liderança da instituição, no nível de complexidade e tamanho que ela atingiu, você tem de estar conhecendo de ambas as áreas, além dos aspectos políticos todos que envolvem uma fundação. Que são características distintas de uma empresa privada convencional. Aqui não tem dono. Aqui tem gestão com mandato, além de uma enorme responsabilidade com a cidade e região. Esse mandato, diferente de um prefeito, que tem um mandato finito, aqui se você fizer um bom trabalho, como foi o caso do Marco, você pode ficar sendo reconduzido quantas vezes for necessário e saudável para a Instituição. Time que está ganhando não se mexe, aquela velha máxima que a gente já conhece. Então, o conhecimento que eu adquiri neste tempo, o conhecimento que eu tenho da Fundação…. Eu posso dizer que hoje eu conheço ela no detalhe, no particular. Todas as áreas. Eu não sou uma pessoa nova chegando. Eu lembro das dificuldades que o Marco enfrentou, no começo. Eu também. A gente tinha uma visão externa, eu em Vassouras e o Marco voltando do Rio, mas quando você entra dentro do problema, é diferente. O Marco ficou assustado. Ele me dizia: Gustavo, vamos ter de reconstruir tudo. E nesse processo de reconstrução, é como o pedreiro numa obra: você conhece do alicerce ao telhado. E isso ajuda muito.

TI – E na questão pessoal, Gustavo, você está preparado? Você sempre foi muito discreto, em muitos eventos você só ia quando o Marco insistia para que você participasse. Agora você ocupa um cargo com uma importância diferente. Já parou para pensar nisso?

GA – Pensei sim. Desde o falecimento do Marco. Até então eu nem conseguia pensar nisso. Me fazia sofrer muito, vendo todo aquele sofrimento de um amigo. Mas depois do falecimento, quando caiu a ficha, eu passei a pensar nisso. Eu sou um cara low profile. Que você pode chamar de discreto nesse quesito se exposição de imagem e eventos, sou um cara mais reservado. Apesar de na época do segundo grau do colégio nem tanto. Me tornei com o passar do tempo, principalmente após a minha temporada no início da juventude no Rio. Para mim, realmente, isso é algo que eu vou ter de trabalhar. Eu não vou poder deixar de ir em alguns eventos, em que a presença do presidente da Fundação é fundamental e praticamente obrigatória. Agora, pretendo ter pessoas do meu lado, um relações públicas e institucionais, além dos demais superintendentes, para que em alguns eventos possam me representar por conta da minha demanda de tempo. Não que eu me negue a participar de eventos sociais, eu tenho claro que isso é intrínseco à função. Quando me candidatei, conversei muito com a minha família. Na minha família e entre os amigos mais próximos, praticamente todos me fizeram esta pergunta. Eu vou trabalhar isso. Não vou conseguir ter o carisma que o Marco tinha. Isso era dele. Nasceu com ele. Mas eu pretendo fazer, na medida do possível, me adaptar ao que é inerente ao cargo. Vou tentar trabalhar essa questão do discurso, da fala, ou seja, melhorar a oratória. Eu falei na reunião do Conselho Eleitor: não esperem discursos eloquentes, essas tiradas espetaculares que o Marco tinha. O Marco tinha licença poética até para falar palavrão (risos). Era dele. Na boca dele ficava até legal (Risos novamente). Na minha pode parecer infâmia e falta de cumprimento da liturgia do cargo. Então, eu vou tentar, na medida do possível, fazer o meu melhor. Só peço um pouco de paciência a todos, para não fazer essas comparações, que chega a ser covardia (risos). 

TI – O Marco dizia que a Universidade não conversava com o hospital, que os diversos setores da Fundação não dialogavam. Chegou a criar a figura do pianista do Titanic, que seguia tocando enquanto o navio afundava. Então ele criou um comitê gestor, que unia universidade, hospital e mantenedora. Você mesmo fazia parte deste comitê. Esse comitê gestor vai seguir funcionando?

GA – Vai, vai sim. Como já disse anteriormente, essa semana tivemos a primeira reunião do comitê gestor. O que mudou é que eu já fiz uma agenda para as reuniões do comitê. O Marco convocava o comitê em cima das demandas, no começo era praticamente uma vez por semana. Eu já fiz um cronograma até dezembro dos comitês ordinários, para a gente se agendar. O comitê terá menos uma pessoa. O Marco saiu e nós não vamos substituí-lo, pois redistribuí as minhas funções entre os demais superintendentes, além de criar a função do Controller Geral Corporativo, que também terá um papel muito importante e absorverá algumas das funções que eu também tinha, este terá o mesmo status que os atuais superintendentes adjuntos das áreas fins tem, porém na área meio, ou seja, ficam as mesmas pessoas: eu, Dr. Cláudio Medeiros, Yolanda Capute (advogada, filha de Marco Capute), Dr. Marcelo Paiva, superintendente de Saúde, e o Marco Antonio Soares, reitor da Universidade de Vassouras. Temos os superintendentes adjuntos, como já citados, mas esses não serão membros permanentes. Participarão do comitê quando a discussão tiver alguma coisa específica ou intercessão com a área deles. Então, por exemplo, o superintendente adjunto da medicina vai participar toda vez que a discussão girar em torno da Medicina. O controlador, quando for necessário, participará também. Mas o modelo, a princípio, será o mesmo implementado pelo Marco.

TI – O estatuto da Fundação não prevê a eleição do vice-presidente. Então, você foi eleito sem anunciar o vice-presidente. Quem será o vice de Gustavo Amaral?

GA – Desde que o Marco recebeu o diagnóstico da doença, ele também teve um prognóstico, que não era dos melhores, que por acaso ele superou em muito. A primeira informação era 6 meses e ele lutou quase dois anos contra esse câncer maldito. Em que pese a esperança que todos tivemos que ele superasse isso, as orações que todos fizemos na esperança da recuperação dele, mas o Marco era muito inteligente. Na maioria das vezes não se conseguia ludibriar o Marco. A não ser que ele quisesse ser enganado. É diferente. Aquela coisa romântica até. Ele sabia que algo não era bem assim, mas ele queria ajudar e ajudava, mas ninguém enganava ele. Então, ele veio preparando uma sucessão, conversando conosco, as vezes em grupo, mas a maioria das vezes particularmente. Eu mesmo tinha muita dificuldade de lidar com isso, ele dizia inclusive que toda vez que vinha conversar comigo, eu dizia “esquece isso Marco, você vai sair dessa e será presidente por muitos anos ainda”. E a pessoa que a gente definiu dentro de um processo sucessório, foi o Dr. Claudio. Era a pessoa chancelada pelo Capute, a pessoa que eu entendo que tem de ser nomeada. E foi o primeiro ato como presidente, a nomeação dele como vice-presidente. Até porque eu vou entrar de férias, eram férias já planejadas, e para que a instituição não fique acéfala, eu fiz a nomeação dele ontem, o Dr. Cláudio Medeiros, que está com a gente, já era da instituição, mas está com a gente desde o início deste processo. O Marco sempre reforçou, “quando eu não estiver mais aqui mantenham a unidade”. 

TI – A Fundação expandiu exponencialmente na gestão de vocês. Como vai ser agora, na gestão Gustavo Amaral. Vai tentar crescer, vai tentar se manter, como é que vai ser isso?

GA – O que acontece? Quem conhece a história das minhas empresas, sabe que eu expandi meus negócios também. Não como o Marco, porque o Marco era uma coisa assim, fora da caixa. Mas dentro do meu processo empresarial,
quando voltei a Vassouras, fui desenvolvendo os meus negócios. Na área de GLP, montei minha consultoria, minhas revendas de gás, outros postos de gasolina em Miguel Pereira e Paty do Alferes, franquias de fast-food, ou seja, sempre fui um empreendedor expansionista. Não é que eu não seja intrinsicamente expansionista. Não é o meu foco principal hoje. Eu sempre busco organizar e consolidar para depois crescer, pois tive uma péssima experiência nas revendas de gás, em crescer sem ter essa consolidação anterior. Neste momento eu quero dar uma revisada geral na instituição. Nada de demissões coletivas. A cidade nem os colaboradores não precisam ficar assustados com isso. Não vai entrar o Edward Mãos de Tesoura. Eu tenho um perfil muito focado em custo, mas isso, repito, não necessariamente é fazer a degola de pessoas. É lógico que se você enxergar uma anomalia…Mas às vezes você tem um setor que está inchado, mas tem outro que precisa de gente. Então, você remaneja. Você não está gerando desemprego. Demissão em massa eu sou contra, acho que se volta contra a instituição, até porque o momento atual da Instituição absolutamente não demanda isso. Por isso eu acho que o crescimento é importante, andando junto com a organização, a otimização. Você crescendo, você remaneja aquele setor que está com uma gordura, você pega aquela gordura e coloca no crescimento. Como aconteceu com Saquarema agora. Remanejamos várias pessoas de Vassouras e não repusemos ainda, alguns casos remanejamos apenas. Alguns cargos terão de ser substituídos, outros não. A maioria, claro, foi contratada lá na região, mas você precisa de pessoas que conhecem a operação hospitalar, que conhecem o trabalho da Fundação. Então acredito que 10 % da força de trabalho saiu daqui. A gente tem de continuar crescendo. Só não sei se a gente vai conseguir na velocidade e ousadia do Marco Capute. O networking do Marco era com pessoas do mais alto nível. Você vê pela repercussão da morte dele em todo o país.

TI – Quando começou a gestão, Marco Capute chamou os funcionários para um encontro e, a partir desta conversa, criou um envolvimento grande com os servidores. Isso marcou a gestão dele, o envolvimento e até o carinho dos servidores, principalmente os mais humildes. Essas pessoas
sentiram muito a morte do Marco. O que o novo presidente teria a falar para os funcionários da Fusve?

GA – Agora temos um Centro de Convenções que suporta públicos bem maiores que o nosso auditório, que foi onde o Marco fez esta reunião que você citou. Quando a gente passar esse momento mais corrido, eu quero me reunir com os funcionários. A gente está agora em um momento de trabalho intenso porque o Marco, a partir da doença, diminuiu um pouco o ritmo de despachos internos. Natural pela questão física. Não nas realizações, nos projetos, nas ideias, mas nos processos internos, então temos muita coisa acumulada para liberar, além disso, estou com férias acumuladas há uns dois anos, que iria tirar parte em dezembro, mas diante da situação do Capute, posterguei e vou tirar dez dias entre 21 e 31 de janeiro. Vou escolher uma data, acredito que no mais tardar em março, para chamar os funcionários e passar algumas visões, mais internas, em relação a isso tudo. Eu pretendo separar uma hora pela semana, onde vou instituir o programa “Fale com o presidente”, já inclusive conversei com o Rodrigo Lavinas, do RH, sobre isso. Um dia na semana, parte do expediente, vou abrir pra marcações do faxineiro ao diretor que quiser falar comigo. Particularmente comigo. Ele vai vir conversar comigo, passar a sua angústia, as suas questões. Eu não quero virar uma ouvidoria, mas quero ouvir os colaboradores. Conhecer um pouco mais a realidade do funcionário da Fundação. Dez minutos por pessoa, seis pessoas por semana. Uma amostragem significativa. Lembro de um projeto do comandante Rolim, da TAM. Pretendo instaurar algo parecido aqui, acho que pode ser bem proveitoso. Queria falar também para Vassouras, para a região. A Fundação nunca vai esquecer o seu papel social. Nosso compromisso com as bolsas filantrópicas na Universidade, que é a nossa contribuição com a democratização do acesso ao Ensino Superior. O nosso compromisso com a saúde da população. O Hospital Universitário vai seguir atendendo majoritariamente pelo SUS. Aqui eu sou o presidente de uma Fundação, não é o meu posto de gasolina. Não é só o resultado financeiro que nos interessa. Temos um papel social importante para Vassouras e região. Aprendi isso dentro da Fundação.

Cláudio Medeiros: primeiro ato de Gustavo Amaral foi nomeá-lo vice-presidente

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