DER realiza obras no trecho, mas sem data para concluir os serviços e liberar via; trabalhadores que seguem destino para a Baixada Fluminense são os que mais sofrem com a interdição da Rodovia
O drama diário enfrentado por trabalhadores que precisam se deslocar entre Mendes e Paulo de Frontin, para o Rio de Janeiro, está longe de acabar. Desde a interdição da Rodovia 127 – Mendes a Paracambi – por conta das chuvas que castigaram a região nas últimas semanas, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), vem realizando obras no local, mas sem previsão para concluir os serviços.
De acordo com a Assessoria de Imprensa do DER, equipes do órgão permanecem no local realizando contenção de encostas, drenagem e reconstrução da pavimentação no trecho. Ainda de acordo com o DER, uma rota alternativa está sendo viabilizada até que seja concluída a reconstrução da via desativada em Paulo de Frontin. Enquanto a via segue interditada, motoristas de Mendes e Paulo de Frontin são obrigados a seguir para o Rio de Janeiro, por rotas alternativas – Serra das Araras ou Miguel Pereira – aumentando o tempo da viagem em até 80 minutos diários.
O presidente da Câmara de Mendes, Fernando Alves Fonseca, pré-candidato a prefeito pelo União Brasil, relatou o drama dos trabalhadores que percorrem diariamente o trecho entre a Baixada Fluminense e Mendes. A nova rota aumenta o custo do trajeto em até 50%, sem contar o tempo gasto, acrescidos em cerca de 1 hora diária, entre idas e vindas. “Está muito difícil e caro para as pessoas que trabalham entre essas duas localidades. Temos relatos de servidores públicos, por exemplo, que afirmam estar passando por dificuldades financeiras por causa desse gasto a mais” – ressaltou Fernando.
Alternativa
Além da reativação do trecho, prefeitos da região desejam a retomada da circulação do Trem Barrinha, levando passageiros de Barra do Piraí à Japeri, na Baixada Fluminense. O prefeito de Engenheiro Paulo de Frontin, Maneko Artemenko em vídeo postado em suas redes sociais dia 13, também relata o drama dos trabalhadores da região, principalmente de Mendes e Engenheiro Paulo de Frontin, que estão com dificuldades de chegar a Baixada Fluminense e à cidade do Rio de Janeiro. Ainda segundo o prefeito, o governo estadual autorizou a circulação de linhas alternativas, como a que liga Engenheiro Paulo de Frontin à Japeri. A viagem, no entanto, é muito mais longa e o preço da passagem inacessível para a maior parte dos trabalhadores.
O Trem Barrinha, apelido dado ao trem de passageiros que fazia a ligação entre Barra do Piraí e Japeri, circulou até 1996, quando um grave acidente criou as condições favoráveis para que a linha fosse extinta. De lá para cá, várias vezes a sociedade se mobilizou pedindo a volta do trem, que garantia o acesso de moradores da região à Baixada Fluminense com rapidez e baixo custo. O prefeito também garantiu que o estado abrirá uma estrada entre a RJ 129, que liga o centro de Frontin aos distritos de Morro Azul e Sacra Família do Tinguá, e a RJ 125 (Miguel Pereira x Japeri). A ideia é facilitar o acesso de moradores de Paulo de Frontin, Mendes e Vassouras a Baixada Fluminense enquanto a RJ 127 seguir impedida.
Imagem: Instagram @ocara.dodrone
2 respostas
O drama vivido pela população do Vale do Café não pode cair no esquecimento. A RJ-127 é uma rodovia de extrema importância para a população das cidades de Paracambi, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes e Vassouras. Gostaria que o jornal “O Dia” estivesse sempre publicando uma matéria de como anda o andamento para a reconstrução da Serra. Grata, se puderem ajudar!
Que descaso com a urgência na reconstrução, da estrada na serra de paracambi,se fosse países que t terrenos,e outro desastres naturais pelo tempo já estaria ,restabelecido a circulação, mas no nosso país tudo é muito difícil,e falta entendesse político,é a vergonha