Inaugurado pela Coderte em 1982, na gestão do então prefeito Pedro Ivo da Costa, o Terminal Rodoviário Dr. Hélio de Almeida Pinto segue sendo tratado pelo vassourense como a “Rodoviária Nova”. O termo surgiu pela comparação com o Terminal Maurício de Lacerda que, mais antigo, logo ficou com o apelido de “Rodoviária Velha”. Quarenta e quatro anos depois da inauguração, a Rodoviária Nova pede socorro. Usuários do terminal, responsável pelo embarque e desembarque nos ônibus intermunicipais, se queixam da deterioração, falta de segurança, iluminação e até de atos de vandalismo registrados no local.
Entre as queixas mais comuns dos usuários, destaque para a falta de segurança, iluminação deficiente e banheiros depredados. Os passageiros reclamam do número de lâmpadas queimadas que não são substituídas. Além disso, a rodoviária não conta mais com seguranças e os usuários ficam entregues à própria sorte. “A Rodoviária Nova se tornou dormitório de andarilhos, muitos deles dependentes químicos. Alguns, inclusive, são violentos”, reclama um usuário do terminal que preferiu não se identificar.
Os banheiros, antes elogiados, estão hoje em péssimo estado de conservação, depredados. Sem iluminação, sem vigia, sem segurança, a Rodoviária Nova sofreu com um incêndio criminoso na madrugada do último dia 4. O incêndio destruiu o Cantinho da Leitura, onde livros ficam expostos e o passageiro pode resgatar, ou doar novos livros. Os bombeiros só chegaram depois que um taxista foi pessoalmente até a unidade, no Madruga, avisar do incêndio.
Enquanto a administração local se esforça para manter minimamente a rodoviária em condições de atender o público, garantindo ao menos a limpeza, o terminal precisa de uma reforma urgente. Hoje, a rodoviária abriga dois órgãos importantes do Estado: a Vigilância Sanitária e a Fundação Leão XIII, o que não parece ser suficiente para fazer a Coderte cuidar melhor do Terminal batizado em homenagem ao médico mais icônico da história recente de Vassouras.