23:14 - 11 de julho de 2025.

Coleção de lapiseira mostra história e a força da ...

Coleção de lapiseira mostra história e a força da união familiar

 em Cultura

Colecionadores de Barra do Piraí possuem mais de 300 peças com lapiseiras de inúmeras marcas, datas e países

 

Uma bela história de tradição e carinho. É assim que se pode resumir a coleção especial de lapiseiras, passada de pai para filha. O início de um simples gesto de compartilhar um hobby ou uma paixão, se transformou em uma verdadeira coletânea que, hoje, reúne 300 exemplares de diferentes épocas, estilos e marcas.

 

Quem olha a coleção de Eduardo Arbex e Maria Eduarda Villela Leite Pinto, de Barra do Piraí, observa que as lapiseiras carregam consigo uma memória, um momento, uma história vivida ou uma inspiração que atravessou gerações. Essa coleção não é apenas uma demonstração de interesse por materiais de escrita, mas também um símbolo de ligação familiar, de respeito às raízes e de valorização do patrimônio sentimental.

 

O começo de tudo foi com Eduardo na década de 1980, que ao manusear suas lapiseiras, acabou despertando a atenção da filha Maria Eduarda, na época, com apenas cinco anos de idade. A menina, ao admirar a coletânea, passou a auxiliar o pai na limpeza das lapiseiras, nas pesquisas e na arrumação da coleção.

 

E à medida que o tempo foi passando, novas lapiseiras foram surgindo e sendo agregadas ao acervo que reúne exemplares de uma Sampson Mordan de 1890, em ouro. Há marcas ainda mais conhecidas do público como Sheaffer, Parker, Compactor, Caran D’ache, Pentel, Staedtler,  Rotring, Faber Castell, Keuffel & Esser, Baygnol Farjon, Tolson D’or, D J Fugle, Durolite, Arnold, Johann Faber, E Cobra, Teledyne Post, Eversharp.

 

E quem admira a coleção, tem o privilégio de passear pelo mundo, uma vez que cada lapiseira carrega em sua marca a história de seus países fabricantes, como Itália, Estados Unidos, Alemanha, França, Bulgária, Inglaterra, antiga Tchecoslováquia, entre outros.

 

“Temos uma lapiseira vermelha, uma Sheaffer, com a escuderia da Ferrari. Há ainda na coleção uma lapiseira Vitoriana”, comenta Eduardo, lembrando que tudo começou com uma lapiseira da Tolson D’or, que ele carregava quando criança.

 

A perda da lapiseira, reforça Eduardo, levou o então menino a comprar uma outra, da marca Compactor. “Daí comecei a coleção, e foi quando ganhei da minha avó o jogo da Parker 51”, disse ele, que passou a comprar ao longo dos anos outras lapiseiras.

 

“Esse hobby me acalma, me conecta com meu pai, e cada lapiseira é carregada de histórias. Tem uma delas que relata a história de um senhor chamado Michael Farrink, nos Estados Unidos, que ganhou a lapiseira do seguro que ele tinha acionado. É uma longa narrativa, mas quando lemos a história datada da década de 1960, temos a certeza de que cada peça se torna uma herança que une passado, presente e futuro”, completou Maria Eduarda.

 

Ícone

Na infinidade da coleção, um destaque: as canetas tinteiro com mata borrão, produzidas pela renomada marca Tolson D’or. Elas conquistam colecionadores pela sua elegância e funcionalidade, e acabam sendo utilizadas em produções cinematográficas, como ocorreu no renomado filme brasileiro Ainda Estou Aqui.

Como parte da coleção de Maria Eduarda, a caneta tinteiro, com seu design clássico e sofisticado, proporciona, segundo a colecionadora, uma experiência de escrita única, além de contar com o sistema mata borrão, que garante uma escrita limpa e sem manchas indesejadas.

A marca Tolson Dor é reconhecida pela qualidade de seus produtos, que combinam durabilidade, estética e inovação. Para os colecionadores, essa linha representa uma oportunidade de agregar itens exclusivos e de alto valor sentimental.

E melhor: a moça ressalta que o item pode ser utilizado em produções de peças e filmes, desde lógico, que sejam devolvidas com muito cuidado.

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